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terça-feira, 23 de junho de 2009

Silêncio

No instante em que calamos
Apenas somos
Nada mais...
Que sorrisos sinceros
De felicidade transbordando
Preenchendo espaço vazio


Esse instante de silêncio
Que precede os nossos beijos
É o discursso mais perfeito
Que descreve o nosso amor...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Rancor

Já anoitecia e elas voltavam do serviço. Inicialmente eram colegas de trabalho. Agora, depois de um ano e meio indo juntas para casa, de compartilharem as intrigas do dia que se passou, de reclamarem do comportamento dos filhos, de fazerem confidências íntimas sobre seus relacionamentos, agora sim, podia se dizer que eram amigas.
O trânsito as seis e trinta da noite era infernal. Ficaram alguns minutos paradas em frente a uma concessionária.
___Meu marido quer comprar um carro. Está guardando dinheiro há muito tempo pra isso.
___Mesmo! Só espero que não seja um fusca.
Respondeu a outra de forma automática e continuou a fitar a loja, como se não quisesse estender o assunto.
___Não, não! Vai comprar um carro novo, aquele infeliz.
___Credo! Está mesmo querendo ficar solteira.
___Isso eu quero há dezesseis anos.
Nesse instante a outra se voltou para ela com certo espanto e a sensação de quem havia perdido algum trecho da conversa.
___ Dezesseis anos? Do que está falando mulher?
___Do carro.
___Carro? Que tem isso haver?
___No dia em que ele aparecer em casa com o carro, vou lembrá-lo do que me falou há dezesseis anos. Palavra por palavra, eu vou repetir aquela frase.
Ela dizia tudo aquilo com uma voz triunfante. Com um sorriso nos lábios. Mas com a expressão cerrada, deixando a mostra na face as marcas do tempo.
___A dezesseis anos ele me deu um presente, me disse umas palavras. Eu me calei e guardei o presente. Agora está mais que perto. Quando ele estacionar o bendito carro em nossa porta, imediatamente vou buscar o presente e colocar em suas mãos. Quero olhar bem nos seus olhos de espanto ao abri-lo e logo em seguida eu direi: lembra do que me falou há dezesseis anos?
Ela arfava como uma presa que acaba de ser abatida. O sangue ainda quente, a ferida aberta. A amiga escutava calada, às vezes abaixando os olhos, tentando disfarçar o ar de reprovação. Ela continuou.
___ Posso estar errada. Aliás, não estou. No dia em que ele me mostrar esse carro, ah esse vai ser o mais feliz da minha vida! Eu quero crer. Aí sim posso pensar no meu futuro. Vou mostrar pra ele que não se brinca com as pessoas. Vou devolver o presente.
Parou por um instante, procurou os olhos da amiga e quando os encontrou, percebeu que estavam arredios, a observando de longe, como alguém que olha para um louco conversando sozinho na rua. Ainda assim tentou conduzi-la a compartilhar a mesma sensação que sentia.
___Ele diz que sou rancorosa, que fico remoendo as coisas. Mas é tão fácil falar assim. Quem dá o tapa esquece rápido, mas quem recebe, sente o ardor na pele por muito tempo, você não acha?
___Olha, não sei...Nesta história de vocês prefiro não me intrometer.
Essa foi a única frase que ouviu em resposta. Primeiro ficou decepcionada. Talvez ela não fosse tão sua amiga para entender suas razões. Logo em seguida sentiu vergonha, parecia estar nua em meio a uma multidão. Seria estranho guardar aquela mágoa tanto tempo ao ponto de acharem-na uma louca? Pra ela aquele sentimento era tão latente, tão legítimo quanto digno de ser conservado. Mas a amiga não compreendia. De repente teve medo do marido também não entender, da sua vingança não ter o efeito desejado. Que ao invés de vergonha, ele sentisse pena dela. Isso ela jamais aceitaria!
De repente se arrependeu daquela conversa. Sentiu-se sozinha. Mas repetiu em silêncio pra si mesma: quem recebe o tapa é que sente o ardor. Por fim, dirigiu-se a amiga.
___Acho que farei a janta mais cedo hoje...

terça-feira, 9 de junho de 2009

O que há por dentro?

Veja bem,
Hoje eu quero lhe contar
Como às vezes eu me sinto
Das dúvidas que me consomem
Pois sei tão pouco sobre mim...

Sei que meu corpo é tão pequeno
Quando comparado em escala
Ao tamanho da minha alma

E ela é tão extensa
Maior que todo o horizonte que os olhos podem ver
É como um universo imenso,cheio de florestas
Onde eu posso sobrevoar

É cheia de desertos
Que vistos do alto parecem inóspitos
Mas com dificuldade, nas raras vezes que consigo pousar
Ali eu encontro vida e diversidade
Desfaço mal entendidos
E acho algumas poucas respostas
Para nem tão poucas perguntas

Eu só tenho duas certezas que me acompanham
Quase nada eu sei sobre o mundo em que vivo
Mas conheço menos ainda o mundo que vive dentro de mim
E eu já disse, é imenso

E é tão bonito quanto o mais lindo pôr-do- sol que já assisti...
Eu só quero descobrir!
Os segredos que existem em mim
Pois o meu corpo pequeno um dia se acaba
E o que resta é a coisa mais misteriosa e perfeita
A imensidão da minha alma!!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Conto



Suor Frio

Estava exausto. Muito cansado. Dez horas dirigindo e nada . O calor o sufocava, e ao mesmo tempo um suor frio escorria pelo seu rosto. Ele só queria chegar. Queria vê-la. Nem que fosse essa a última vez. Não queria que terminasse assim. Poderia perdoá-lo, quem sabe o escutasse?
A estrada era horrível como a maioria das estradas deste país. Saíra de uma enfumaçada São Paulo e agora dirigia em uma estrada ruim em meio à fuligem negra do cerrado que se queimava. O suor frio insistia desta vez acompanhado de uma falta de ar aguda e o estomago vazio. Desviava de alguns animais mortos no caminho. Ela prometeu encontrá-lo no restaurante a uma da tarde e ele ainda ali, naquele fim de mundo!
O asfalto agora era liso. Resolveu acelerar. Mas o vento que entrava pelas janelas do carro, não amenizava o calor, tampouco o suor. Pisou mais forte ainda. Não poderia perdê-la. A ansiedade o consumia tomando-lhe os sentidos. Não queria enxergar nada ao redor, apenas o restaurante, ela. O velocímetro já marcava cento e trinta quando percebeu um vulto que se chocava contra seu carro, serrou os lábios, um barulho estrondoso veio junto. Alguns segundos e metros depois conseguiu frear. Lá atrás um corpo jovem estirado no chão, todo ensangüentado, aparentemente morto. Ele entrou em desespero, mas acelerou novamente. Aproveitou a estrada deserta e fugiu. Fugiu por duas razões: tinha medo das conseqüências que aquele cadáver traria e já era quase uma da tarde, ele queria vê-la! Seguiu o percurso ainda mais rápido com pressa e nojo. Medo do morto, medo de não encontra-la. Neste instante sentiu o peito sufocar.
Finalmente chegou ao restaurante, entregando na face todo seu transtorno, com uma respiração descompassada e ofegante. Estava paranóico, desconfiava até do garçom que apenas queria saber do pedido.
___Por enquanto nada...Estou esperando uma amiga.
A falta de ar agora vinha em intervalos menores e se prolongava a cada tentativa de respirar. O suor frio molhava todo seu corpo. O coração disparou e sentiu milhares de pequenas agulhas anestesiando sua carne. Já era uma e meia, ela não chegava. As batidas descompassadas foram desacelerando e tornando-se cada vez mais calmas, tão calmas que não se podia senti-las. De repente o ar esgotou-se por inteiro e ele não sentiu nem enxergou mais nada. Estava aparentemente morto.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Lá vai um versinho

Pretérito...

Sou tão jovem e já sinto saudades
São tão poucos os anos, quem sabe uns dez ou mais
Em livros de História seriam frações de segundos
Na vida de quem tem vinte e poucos anos
Já são mais que metade, dez anos é tempo demais

"Dez mil anos atrás"

Eu sinto saudades do meu mundo pequeno
E das coisas que me eram importantes
A coleção de chaveiros, cartões, moedas
A minha vira-lata Princesa
Meu Nintendo
E os livros ilustrados da escola

Há dez anos ou mais, o natal era legal
Pois a ilusão era verdade
E a felicidade vinha fácil ao alcance das mãos
Bastava brincar escondido numa tarde chuvosa de sol
Bastava passar de ano, mesmo sem aprender a lição

Faz pouco mais de dez anos
Eu sempre ouvia dizer e sorria sem saber
O que era uma tal de inflação
Meu mundo era pequeno
Meu pai dizia, quando eu crescesse seria alguém na vida
E eu me perguntava
Alguém?
Qual será essa profissão?

É, eu só tenho vinte e poucos anos
Mas tenho o direito de ter falta
De brincar nas enxurradas
Sem medo dos meus pés nus no chão
Da a mente sã e irresponsável
Tragando cigarros de chocolate
Sem saber o que era câncer

São dez anos e um pouco mais
E tenho saudades
Porque saudade na verdade
É uma palavra que só se sente em português.
Mas se sente em qualquer idade.

domingo, 20 de julho de 2008

Mundinho

Quando eu era adolescente, minha nossa, maquinava cada coisa! Apesar de nunca ter me achado um lesada ou alienada, o problema era o meu idealismo exagerado.

Sempre procurei buscar os meus próprios conceitos, aliás, acho que é por isso que meu pai sempre me achou tão teimosa, a do contra. Mas isso me dava ( e dá) orgulho e acho que aos meus pais também.

Hum mais quando era adolescente tinha umas idéias recheadas de puro senso comum, e hoje me divirto ao relembrar algumas delas.

A MACONHA:
Pensava:
É bicho papão de sete cabeças de uma perna só. Quem usa maconha está assinando uma sentença de morte. Quem usa maconha é mendigo perdido na rua, louco alienado internado em clínicas de lavagem cerebral. Quem usa maconha mora lá na Colômbia, no Alaska ou no Tibet, quem sabe mais perto, nas Guianas francesas.O povo da Tv está certíssimo em divulgar a campanha anti-drogas.
Penso:Nunca usei, tão menos pretendo. infelizmente consumir droga é mais comum que se imagina. Pessoas do meu bairro, da faculdade, pessoas que conheço no trabalho, com certeza algumas delas, gente de carne e osso são usuários e vivem na aparente normalidade. O povo da TV é o que mais consome drogas.

AS FACULDADES PÚBLICAS
Pensava: A tonta aqui achava que as vagas eram preenchidas obviamente por alunos que não possuem condições de pagar uma Universidade.KKkkkkkk
Penso: Não tirando o mérito daqueles que se esforçaram pra passar no vestibular, mas a Universidade Federal do meu estado está abarrotada de moços e moças que estudaram meses em cursinhos com mensalidade de R$ 500,00 ( valor que suo pra pagar faculdade todo mês), ou seja, gente que pode pagar particular. Enquanto o ensino Superior não tiver uma melhora geral, as Universidades públicas continuarão sendo implicitamente particulares.

A TRAIÇÃO
Pensava:
Quase o mesmo raciocino da maconha. O fim do mundo! Ai herança maldita das novelas! Eu assistia o moçinho dando um beijo em outrem que não fosse a moçinha, e esta última não aceitava terminando o relacionamento, pedindo o divórcio, quebrando o pau ou coisa parecida. Eu achava que as outras mulheres , encaravam a traição como o ponto final de um relacionamento.
Penso: Traição é o ponto final em um relacionamento. Mas será que as pessoas se esqueceram disto!!!?? Eu vejo tanta gente se submetendo à humilhações por amor, tanta gente dissimulando com tamanha naturalidade e tanta gente conivente. Pessoas aceitando ser segundas no ranking. O que esqueci é que ela sempre perdoa o mocinho no final.
É pelo jeito não mudei muito minha opinião a respeito hehe.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Opinião sobre um filme que não assisti



Não, eu não fui ao cinema assistir o blockbuster Hollywoodiano Batman – O Cavaleiro das Trevas . Por isso não posso ficar dando muitos pitacos sobre o filme.
O que eu sinto é toda uma conspiração da imprensa para promover o filme, em torno do já falecido ator Heath Ledger. É um tal de “o melhor coringa de todos os tempos” pra lá, “ele merece um oscar póstumo” pra cá.

Parece que a morte inesperada do ator de “Dez coisas que eu odeio em você “ e “O segredo de Brokeback Mountain” veio a calhar. Lá no fundo todos que estão lucrando com o filme devem estar dando uma discreta comemoradinha por terem este “coringa” nas mãos, já que o protagonista (me refiro ao intérprete do Batman) é um picolezinho de Chuchu, pelo menos no Begins. Então ficou a cargo do vilão “de cujos” encher os cofrinhos dos pobres milionários. Agora ficam endeusando o Heath Ledger, como se fosse um mártir que morreu para salvar sua personagem.

Quer saber, não duvido nenhum pouco que ele tenha feito um ótimo papel, mas está todo mundo tão concentrado e alienado no assunto que se esqueceram que pode ser uma grande armação para arrecadarem com bilheteria.

E a partir desta sexta-feira as portas dos cinemas (caríssimos) vão estar cheias de zumbis querendo assistir o filme do cara que se matou com analgésico (ou sei lá o que).

É como um efeito placebo. E o pior é que geral fica discutindo sobre o filme e fazendo propaganda, mesmo indiretamente como Eu! Ah que droga! Acho que vou ao cinema amanhã!

domingo, 13 de julho de 2008

APRENDA A MENTIR COM CLASSE!

Como diz o Google: "Eufemismo é o emprego de termos mais agradáveis para suavizar uma expressão".
Trocando em miúdos, dar uma maqueadinha no que se diz, tapar o sol com a peneira, mentir um cadinho para parecer menos indelicado.Existem tipinhos especialistas nesta arte. Selecionei alguns que me recordo.

Vejamos só:

1- O que diz um político:
Esta quantidade pecuniária trata-se de recursos captados não contabilizados no balanço pra financiarem atividades de rotina administrativa de nossa coligação partidária.
1.1- O que ele realmente quer dizer:
“Robei”, mais foi com gosto mesmo! Tudo dinheiro dos “troxas” dos contribuintes, para financiar campanha milionária do nosso partidinho de esquerda. É caixa 2, 3,......10!

2- O que diz um Call-Center:
Senhorr, eu vou estar anotando sua reclamação, onde o senhor vai estar recebendo um protocolo de acompanhamento da mesma, mas infelizmente não poderei estar atendendo sua solicitação no momento.
2.1- O que realmente quis dizer:
Olha aqui seu otário, vai reclamar com a sua vozinha porque o meu serviço aqui é estar enrolando e não estar resolvendo porra nenhuma! Ah! E também já ta na hora dos meus cinco minutos de intervalo.

3- O que diz um médico sobre seu paciente em estado terminal:
Minha cara senhora, seu esposo tem um quadro clínico interposto por uma acalasia adrenal, acarretada por um aforisma no artelho superior, o que ocasionou um sigmóide no vólvulo esquerdo.Esperamos que ele tenha um melhora em algum tempo.
3.1- O que realmente quis dizer:
Minha pobre viúva, seu defunto vai bater com as 10 daqui a pouquinho, ou seja, usar paletó de madeira, comer grama pela raiz, dormir a sete palmos. Comece os preparativos para o velório em algum tempo.

4- O que a sua sogra diz:
Josival, você não acha melhor procurar um emprego mais compatível com as necessidades financeiras da minha filha e do meu neto que está para nascer? Afinal, marido pintor de rodapé não era bem o que ela sonhava para o futuro.
4.1- O que realmente quis dizer:
Seu energúmeno fracassado. Bem que eu falei pra ela escolher o Tião da mercearia, pelo menos não ia faltar cesta básica!Aposto que quando o muleque nascer eu vou ter que ajudar a sustentar! Não era isso que eu sonhava pro futuro da minha filha!

5- O que a vizinha intrometida quis dizer:
(bem essa aconteceu comigo ,quando era criança meus cachinhos era mais livres e soltos que uma manada de zebras na áfrica rsrs)
Fátima, você não acha que tem de dar uma cortadinha no cabelinho da Leidiene? Tava comentando com minha mãe; ela tem o cabelinho bonitinho, mas ta um pouco grandinho.. inho..inho.
5.1- O que a vizinha quis dizer:
Fátima, que mãe descuidada é você, não estamos mais na década de oitenta! Este cabelo by Maria Betânia deve estar infectado de piolhos! Você não tem dinheiro pra mandar cortar???

6- O que dizem oradores em velórios:
O de cujus em questão foi pessoa que aproveitou intensamente a vida, como se única fosse. Não se importou com a infâmia alheia, deixando agora saudade e tristeza para os que aqui permanecem, sendo que neste momento repousa ao lado do trono do senhor.Amém!
6.1- O que realmente querem dizer:
Ô seu filho da puta! Já vais tarde. Comeu todas as “mulhé” que eu nunca consegui. Só deus desgosto pra família, e trabalho pros parentes! Espero que você vá para o quinto dos infernos receber os mesmos castigos que o Adolf Hitler! E agora dá licença que eu vô ali beber umas pra comemorar!Amém!

7- O que dizem as tias que moram longe:
Filha o que está acontecendo com você?? Está tão magrinha, pálida, com uma expressão caída, tem que se alimentar melhor viu!
7.1- O que as tias que moram longe querem dizer:
Menina a mim você não engana! Deve ta com anorexia, ou vomitando tudo que come ,bulimia. Que ficar mais magra só pra aparecer né! Ou será que você ta “dando” demais? Ah alguma coisa aí tem viu!..

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O dia em que eu aprendi a brigar

Foi numa tarde do ano de 2007. Antes daquele dia não me lembro de uma vez sequer, que eu tenha tido uma explosão de raiva no meio da rua e corresse atrás de alguém procurando por confusão.
Até aquele momento, era da minha personalidade evitar ao máximo qualquer confronto direto com alguém, mesmo sabendo que era minha a razão. Principalmente se esse alguém fosse um desconhecido. Desconhecidos me intimidavam.
Que pisassem no meu pé, passassem na minha frente na fila do pão, que me voltassem o troco faltando algumas moedas. Eu achava que não valia a pena brigar por “pouca coisa”. Até aquele ano de 2007, eu preferia mil vezes conquistar a indiferença das pessoas do que colecionar desafetos.
Mas toda vez que você se cala, vai guardando frustrações dentro de si. Então chega o instante em que Boomm!Cai a derradeira gota, e o copo transborda.
Estava eu a andar em uma das ruas movimentadas de Goiânia. Pouco espaço pra muita gente. Quando escuto a voz. Era um senhor:
____ Sai da frente! Sai da frente filha!
E ao terminar a frase, me empurrou bruscamente com as duas mãos. Fazendo que meu corpo desse um solavanco , caindo sobre as pessoas que estavam na minha frente.
Ele fez este gesto e continuou a andar normalmente, no seu ritmo apressado. Eu também levantei mais que depressa, a tempo de ver sua fisionomia. Nesses poucos segundos, experimentei um sentimento de ira tão imenso, que sentia o sangue queimar na face. E num reflexo instantâneo, me pus a correr no meio da multidão seguindo o corpo do homem.
Talvez fosse um instinto de briga meio covarde, já que eu percebi que se tratava de um senhor de cabelos grisalhos, não me arrisco à idade. Mas a alguns dias atrás, não me animava a enfrentar nem uma formiga.
Consegui! Parei na sua frente. Algumas pessoas também pararam ao ver meu gesto. E gritei. Gritei o mais alto que pude:
____O senhor é louco! Olha pra sua cara, um velho! Com a idade que tem deveria ser o primeiro a dar exemplo de boa educação!
____ Mas você não sai da frente menina sonsa!
_____ Não sai simplesmente por terem outras pessoas na minha frente, e eu não quis derrubar ninguém no chão como o senhor fez!
Essas, são as únicas frases com nexo que eu me lembro, o resto foi só xingamento, tanto da minha parte como da dele.
Fomos nos afastando um do outro aos brados. E aquele pedaço de rua parado, assistindo a briga entre o velho e a moça com cara de menina.
Alguns minutos depois me dei conta do que havia acontecido, da reação inusitada tanto pra mim como para o velhinho e as pessoas que me olhavam na rua. Milhões de pessoas discutem todos os dias por coisa pouca, são eventos mais que normais. Mas naquele dia pela primeira vez, resolvi não deixar pra lá, resolvi simplesmente não me calar.
Foi um acontecimento tão insignificante, fisicamente falando, tão corriqueiro. Discussão boba que logo se esquece. Depois daquele momento, nem sei porque , passei e me tratar com mais respeito, e tratar os outros de forma mais justa. E o justo que falo não é se diminuir pra não ofender outrem. O justo é buscar o equilíbrio entre nosso espaço, o nosso orgulho, as nossas necessidades e a dos outros.
Sim eu aprendi a brigar. Brigar pelo que considero certo, pelo meu amor próprio, brigar pelos meus ideais, até mesmo os mais ultrapassados e utópicos.

sábado, 5 de julho de 2008

Situações cômicas/ constrangedoras nos ônibus da vida

Todos fatos verídicos...

Parte II- das coisas que eu Escuto.
Então vamos lá.... Uma mulher que por sinal falava bem alto para quem quisesse ouvir, contava à amiga a insatisfação na sua vida conjugal.

O que mais me chamou a atenção foi uma frasezinha que ela colocou no final, e que eu sempre saio repetindo por aí de tão interessante, engraçada que achei.

____Sabe eu e meu marido não estamos dando mais certo... Eu acho que vou largar aquele homem.
____Mas a coisa ta feia desse jeito?
____ Se ta menina! Na cama (ela falou isso mesmo) é tudo mil maravilhas, mas quanto ao resto é só brigas!
____ Uê, mas se tem uma parte que dá certo.... pq vocês não tentam continuar?
____ Sabe... eu já pensei nisso, mas cheguei a uma conclusão Fulana..... O QUE ADIANTA SER FELIZ UMA HORINHA E SER INFELIZ UM HORÃO????
____ Humm...Acho que por aí você tem razão.

Meu desejo mais secreto.

Tem certas horas em que eu queria ter um par de asas. Esperar aquela fração de segundos em que o cérebro envia a mensagem para o corpo e num rompante, sair voando para qualquer lugar diferente daquele em que estou.
Não, não me bastam os meios de um pobre mortal. Sair acelerando um carro acima do limite de velocidade ou quem sabe pegar um avião e saber que estou voando mesmo sem ter a sensação. Podia até tomar umas doses de vodka, para sentir meu corpo levitar. Mas eu queria mesmo, era um par de asas!
Não queria ser uma águia ou um falcão, nem uma mosca ou uma abelha ou um beija-flor. Precisaria ser gente, me sentir gente, mas com asas pra voar pra onde bem entendesse, no momento que bem quisesse.
Esse é um daqueles sonhos mais malucos que agente quer tanto materializar. Com asas posso desaparecer sem deixar de existir, e ser como o vento, posso estar em qualquer lugar.
Até tomei aquele energético.....em nada adiantou.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Oi pessoas, Ovnis e espíritos do além

Estou tentando escrever tópicos mais pequenos. Muita gente tem preguiça de ler.
Mas é difícil com esses meus dedos tagarelas....
Bem neste aqui eu acho que consegui êxito...hehe.

Mais perdida que cego em tiroteio...

...Ou cachorro que caiu da mudança

Uma coisa confesso, mesmo tendo contato com o mundo virtual a uns 10 anos, ainda sim até hoje não consigo me situar completamente na internet.
Essa liberdade de escolher a própria informação que se quer ver, é um leque de possibilidades e ao mesmo tempo um labirinto, onde parecemos ratinhos burros procurando por queijo.
Sinceramente, às vezes entro na internet sem um objetivo real, sem foco, procurando pelo nada. E quando vou em busca de algum alvo, acabo percebendo que passei duas horas (que pareceram mais 20 minutos) sem ter achado o que realmente queria.
Por este motivo assinei uma revista em carne e osso, quer dizer, em papel e tinta. Obriguei meu irmão a pagar metade espontaneamente alegando que ele também irá usufruir a mesma.
O meu comodismo achou melhor assim, mais confortável receber as notícias que eles querem que eu leia. Todas prontas, compactadas em suas páginas, e sem links, sem pop-ups, sem espaço para comentários. Um retrocesso agradável ao meu paladar visual.
A assinatura vence em dois anos. Até lá quem sabe eu consiga obter o êxito que não tive nesses últimos dez.
Só estou me colocando como exemplo em meio a milhares de usuárias desta teia. Ainda não sabemos extrair da internet o melhor que ela pode nos oferecer.
Você já sentiu a mesma sensação ? De estar mais perdido que cego em tiroteio de megas, bytes e uploads?

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O sagrado e o Profano

Semana passada. Festa na Igreja aqui ao lado. Eu não fui, mas do meu quarto dava para escutar o som.
Eu fico sem entender, achei engraçado.
Festa na Igreja. Era a festa do dia dos namorados com Dj e iluminação e tudo mais... Na Igreja. Ah nem tinha cerveja, nem Vodka! Mas só se entrava maior de 18 anos, por quê?
Não tinha cerveja, mas tinha Funk, tinha samba, tinha créeeeuuuu e similares.
Respondam-me uma coisa, que tipo de fiel apareceu por lá????????


(Foto polêmica do americano David La Chapelle)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Olá pessoas e espiritos do além que lêem meu blog!

Estou mudando de Mala e cuia prá cá, o Blogger/Blogspot, pois percebi que aqui uma leiga em edição de páginas tem mais facilidade para "trabalhar", basta se curiosa.

Então, como minha estrada ainda é longa, e meus outros textos eu escrevi com muito carinho, não podia abandoná-los na sargeta,passei todos para cá.

Deste post em diante é tudo postado diretamente neste blog!

Agradeço a atenção de quem por uma força do acaso tenha lido! Bjoss

Sim, eu tenho 22 anos!!

(escrito em 30/06/08)


E uma coisa me preocupa quando começo a pensar em números. Abrindo aspas, é por isso que odeio os números, eles só nós trazem constatações difíceis de serem contestadas!

O certo é que dos 12 aos 22 anos eu não me lembro de ter feito nada mais significativo que pudesse ser chamado de “uma grande mudança na vida”. Eu não fui um Bill Gates, que nesse tempo, criou a Microsoft e começou a faturar alto. Ah aquele Nerd!!

Mas o problema principal é que: dos 12 aos vinte e dois, eu não fiz lá muita coisa. Agora, dos 22 aos trinta, eu tenho aproximadamente 10 anos para (segundo dizem as más línguas):

1- Me formar, e ter uma profissão estável, com sucesso profissional;
2- Ter uma casa, nem que seja de aluguel, mas que seja eu a responsável pela mesma;
3- Contrair Matrimônio, incluindo um casamento feliz, com um marido feliz e uma família feliz;
4- Ter pelo menos um guri ou uma guria;
5- Ter Um cachorro, um gato, e um papagaio.

Abaixo relacionei alguns dos medos mais comuns, que se passam pela cabeça de uma mulher de 22 anos, pelo menos na minha é assim. Principalmente quando essa mulher nasce em uma sociedade que já tem o seu roteiro pronto para ser seguido à risca:




Medo número 1:

Chegar aos trinta e poucos, sem namorado, sem marido, sem filhos, totalmente desiludida com os homens morando com os pais, dependendo ou não financeiramente deles.

Medo número 2:
Chegar aos trinta e poucos, casada, com uma penca de guris,a força da gravidade agindo, sem perspectiva profissional e dependendo financeiramente do marido.


Medo número 3:Engordar, engordar, e não parar mais de engordar....e continuar engordando.


Medo número 3.1 (bem particularmente meu):

Ser magra demais, viver magra demais, morrer continuando sendo magra demais.


Medo número 4:Sentar a bunda alguns anos no banco da faculdade e depois descobrir que aquele não era o curso da sua vida. Ou ficar sem fazer faculdade e se arrepender amargamente num futuro próximo, em uma seleção de emprego.

E você? Qual sua paranóia em realção ao futuro? Seja em que idade for ou de q sexo for. Ou quais as que plantaram em sua cabeça????? Comentem!

P.S: os desenhos toscos representam uma significativa falta do que fazer e uma relativa sobra de tempo......Viva às férias!

CQC


(escrito em 30/06/08)
Eu não enjôo de fazer propaganda deste programa!
Opinião pessoal, é o melhor programa da televisão brasileira!

CQC
BAND
TODAS AS SEGUNDAS ÀS 22:15
REPRISE AOS SÁBADOS ÀS 20:15

Situações cômicas/ constrangedoras nos ônibus da vida

(escrito em 28/06/08)
Todos fatos verídicos...

Parte I-Coisas que eu Escuto.



Mulher falando com orgulho de seu irmão (seria ele o Harry Poter????????)

___ Menina nós somos uma família de dez irmãos, e o “fulano de tal” é formado em “Padre” (e não Teologia) cê acredita!?
___ Nossa que bonito! Parabéns! Aonde ele se formou?
___ Ah ele foi estudar fora do País, dizem que lá é a universidade mais famosa do mundo...Deixa eu lembrar... Ah sim! Ele formou na Universidade de Hogwarts!
___ Puxa vida! Ele é um vencedor!

Sendo breve


(Escrito em 26/06/2008)
Sendo breve
Quatro coisas:

1- Minha amigona Drica me emprestou aproximadamente 60 filmes!
2- Estou quase de folga por quase um mês.
3- Eu AMO CINEMA!(no caso, Dvds!)
4- Ontem assisti “Tapete Vermelho”, com o inimitável Matheus Nachtergaele. O filme é uma homenagem ao gênio do cinema Brasileiro, Mazzaropi. Um Jeca sai com sua família a procura de um cinema onde possa assistir um filme do Mazzaropi(em pleno ano de 2007). Assim eles conhecem muitas cidades e pessoas, e mostram com beleza a simplicidade e ao mesmo tempo, astúcia do homem do campo. É um filme gostoso de ver!

Esquerda-Direita




(escrito em 27/06/08)

Ah que droga, eu queria saber mecher com html pra deixar essa página menos impessoal.
Aos doze anos,e olha que já faz um bom tempinho, eu imaginava que era a garota que "manjava" (gíria de qdo eu tinha 12 anos) tudo de computador. Mas hoje percebo é que quase ninguém naquela época sabia sequer o que era um mouse, Cpu, memória ram, rum, hã!


Hoje os guris vão aprendendo a engatinhar e simultaneamente a administrar seus contatos no orkut.


Mas bem, fugi ao tema deste post.... Eu queria mesmo é dizer que não sei trabalhar com HTML pra poder construir um blog com minha cara, e que mudei o modelo do meu blog, pois no anterior o texto ficava do lado direito... e não sei pq bulhufas eu tinha dificuldades para ler o que eu mesma escrevia...


Parece que o texto quando está do lado direito, não tem a mesma facilidade para se ler quando se está do lado esquerdo....Pensando no que poderia estar acontecendo, acho que pode ser o fato de eu ser canhota, ou que eu seja pessimista, a que só acorda com o pé esquerdo, ou ainda , que meu inconsciente tenha tomado por verdade aquela música que diz " amigo é coisa pra se guardar...do lado esquerdo do peito. Amigo é bom, amigo tem que estar do lado esquerdo, então tudo que agente gosta, coloca do lado esquerdo.


E por fim segundo eu assisti naquele quadro suuupercientífico do fantástico, mulher não tem o mínimo senso de direção e confunde tudo quanto é lado! Só sabe pra que lado fica o shopping e o cabeleireiro... ai que maldade!

Lendo o Jornal



(Escrito em 25/06/2008)

Quem me conhece sabe(ei alguém aqui me conhece?)... De uns anos pra cá, especificamente uns 5 ou mais, minha rotina é recheada por algumas hórinhas "passeando" de ônibus, pra ir trabalhar, estudar, me divertir ( sentada, em pé,sentada no chão, em pé escorada, acordada, dormindo, fingindo que durmo, sonhando acordada...e geralmente cansada, muito cansada!)
Uma coisa eu confesso... Sou muito curiosa, observadora. Dois olhos e dois ouvidos são o suficiente para perceber quase tudo que se passa ao nosso redor. E no ônibus (fazendo uma analogia barata) a pessoas são como os livros, ou melhor (ou pior), como um jornal diário, cheio de notícias, informações novas, algumas que já foram lidas, a coluna de fofocas, as tragédias, a superstição dos horóscopos, um colunista demagogo....e por fim (ou no início), sua capa, suas manchetes.
E é isso que eu fico tentando ler no rosto e nos gestos das centenas de desconhecidos que convivo por algumas horas diárias. Assim o tempo passa mais rápido. Quando não estou mergulhada no cansaço ou nos meus próprios questionamentos, e eu me divirto com cada manchete, cada pedacinho de pessoa que eu fico conhecendo, que paga a passagem e se acomoda do meu lado, ou grita lá de longe, onde eu posso ouvir.
Ás vezes me abobalho. Tanta gente junta, trocando calor humano, passando gripe uns para os outros, aproximados pela livre e espontânea pressão de não ter outra maneira de se locomoverem... Tantas pessoas tão próximas, separadas pelo abismo do silêncio, obrigados pela circunstância.
Aiai, é de rir o constrangimento! Eu também sorrio por dentro, também faço parte, daquelas muitas figuras estranhas em pé, sentadas, escoradas. Mas na minha curiosidade interminável, procuro nos olhos as manchetes de cada um. Um senhor senta-se no banco da frente, com um livro nas mãos. Ponho-me a observá-lo. Qual será seu nome? Por que lê este livro? E tantas outras perguntas... e algumas descobertas.
Ao longo desses anos, nessa vida suburbana, escutei muita coisa, falei um pouco menos e também vivi algumas histórias, engraçadas, outras nem tento. Já falei pra muita gente, “ah um dia eu escrevo um livro contando cada coisa que eu vejo nesses ônibus rsrs. Maspra quê escrever livro (que precisa de método é não é pra qualquer um) se eu tenho um blog heheeheh.. Por isso eu vou contando tudo que me vier à cabeça por aqui mesmo, pra quê melhor né!?
BJOS

O inusitado

(Escrito em 23/06/2008)

Ontem meu irmão foi fazer uma prova de vestibular e voltou com um caderno cheio de más lembranças do ensino médio, de um passado recheado de "pis radiandos", pressão atmosférica,fórmula báscara e outras coisinhas que graças a Deus e ao curso de Direito eu deixei para trás...Uf..
Olhando a prova de português, me deparei com um texto que era uma receita de bolo de chocolate. Virando a página li o próximo texto:


TEXTO II
Receita
Ingredientes
2 conflitos de gerações

4 esperanças perdidas
3 litros de sangue fervido5
sonhos eróticos2 canções dos Beatles

Modo de preparar

Dissolva os sonhos eróticos
Nos dois litros de sangue fervido
E deixe gelar seu coração

Leve a mistura ao fogo
Adicionando dois conflitos de geração
Às esperanças perdidas
Corte tudo em pedaçinhos
E repita com a canção dos Beatles
O mesmo processo usado com os sonhos eróticos
Mas dessa vez deixe ferver um pouco mais
E mexa até dissolver

Parte do sangue pode ser substituido
Por suco de grosselha
Mas os resultados não serão os mesmos
Sirva o poema simples

Ou com ilusões

Nicolas Behr

Achei interessante e inusitado o poema...Principalmente quando se acaba de ler uma receita de bolo de chocolate. Aí que agente percebe o quanto podemos ser banais ou complexos com nossas palavras. O quanto podemos (des)valorizar aquilo que falamos e escrevemos.
Nicolas Behr,pesquisei, nunca tinha ouvido falar sobre ele. É brasileiro,poeta, tem 49 anos e mora em Brasília. Até orkut o cara tem!rsrsr. Viva a internet e sua capacidade de nos aproximar e conhecer pessoas interessantes!

Talento e decadência

(Escrito em 22/06/2008)

Amy-Jade Winehouse (Londres,1983) é uma cantora e compositora de Soul,Jazz,Rock e R&B do Reino Unido, premiada com 5 Grammys Awards (dos quais não pode receber pessoalmente, devido ao falso moralismo estadunidensse, que a empediu de desembracar em território americano).

Ultimamente, vem sendo enxovalhada pela mídia internacional por seus escândalos e envolvimento com drogas.

De uma coisa tenha certeza: mesmo com todos os acontecimentos, nunca deixará de ser uma grande cantora, pois talento e estudo ninguém nos tira ( isso é dom dado por Deus e mérito por nossos esforços).

Não sou aqui uma fã em defesa de seu ídolo. Aliás, conheço poucas músicas da Amy (das quais gosto muito). Falo como expectadora de todo um circo que a imprenssa cria com aqueles que não tem a capacidade de guardar a vida pessoal, ou de resolver seus problemas de pobre mortal.
Boa sorte a ela e menos ácido a eles...

É o fim mesmo!

(escrito em 21/06/08)
Aiai... hoje sábado, dia que adoro...acordar depois das nove...tomar leite quente bem devagar no sofá, assistindo desenho animado e vendo as trapalhadas da fofa da Maysa no Bom Dia & Cia...
Mas tarde tive que ir até o centro da cidade sacar um dinheiro pro meu irmão...Passei em frente a um cinema e não resisti.

[ tenho este hábito mesmo, não faço preparativos pra ir ao cinema. Se Estou atoa, com uns trocados no bolso, escolho o filme, entro , sento e vejo!] Amo!!

Fiquei entre "Hulk" e "Fim dos Tempos"...Hulk (dois eu acho) um filme grande comercialmente falando, do qual no 1 a única coisa que me lembro No 1(UM) é a moça falando pro moço: _ " Tenho o defeito de me apaixonar por caras emocionalmente distantes" hehehe
Fui assistir o segundo...

Sinceramente, acho que perdi meus 4 reais!Ô filme ruinzinho!


História sem pé nem cabeça, de repente começa a ventar,,, as árvores balançam suas folhas, as pessoas que caminham pela rua param subitamente e arranjam alguma forma de se matarem ( seja com revólver, um caquim de vidro, um cisco no olho ou assistindo a programação da tv aberta brasileira-menos CQC é claro!).

E assim segue boa parte do filme..até que o protagonista supõe que podem ser partículas assassinas expelidas por árvores Darth Vaders vingativas.
E as pessoas vão sendo suicidadas pelas árvores até o fim do Filme (menos o casal protagonista lógico)

MELHOR PARTE DO FILME: as 10 cenas em que duas qualidade de microfones apareciam acima das cabeças dos atores... Foram as únicas cenas que arrancaram alguma reação de quem estava esperando ver um bom filme de suspense..TODO MUNDO RIU MUUUITOO!!!!KKKKKKK
Viva a Sétima arte!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



beleza que se vê e se sente
(escrito em 14/06/08)
Ah como eu gosto de contemplar a beleza das flores e das rosas... em nosso egoísmo humanista, tem quem pense essa beleza é capricho Divino, ao bel prazer de nossos sentidos. Mas tenho a humildade de reconhecer: Deus as fez para alimentar o beija-flor, para fazer moverem-se as asas das abelhas. E sua graciosidade se fez para atrair a fome de quem pudesse carregar seu pólen e espalhar o seu amor, e germinar sua vida. E não poderia ser mais nobre essa função.

Mas vamos fingir que não sabemos de tudo isso, e sim que um pequeno botão brota com a missão de fazer esse mundo mais bonito, de enfeitar o cabelo da moça, de doar-se para nascer o perfume mais delicado, de colorir o cinza triste das selvas de pedra, de servir como uma mensagem de melhoras, felicidades, um “mãe eu te amo”, um adeus ou até breve ou um simples “eu te amo” .

As rosas carregam o amor no buquê da noiva. Aliás, tem coisa que mais nos lembre o amor do que uma rosa? Como o amor, uma rosa é frágil, precisa ser regada,cultivada. O amor é de uma beleza única, mas também tem espinhos, também pode ferir as mãos de quem o toca sem cuidado

E bem ali, no final da vida, lá estão elas prestando condolências, cobrindo com sua beleza melancólica o túmulo de quem já partiu. Lírios, Jasmins, Damas da Noite, perfumando suavemente a morte.

Eu não me canso de admirar, eu não me canso de sentir...Sou mera coadjuvante.
O lucro com a miséria alheia... (escrito em 10/06/2008)
Ontem, domingo. Estava eu aproveitando os últimos instantes do final de semana, quando resolvi sentar em frente a Tv e assistir um pouco da programação. Nada mais previsível do que reclamar da pouca qualidade e conteúdo da televisão Brasileira,principalmente aos fins de semana. Salvo raras exceções, prevalece o tédio, oprevisível, o "fast food" eletrônico.

Mas, pior do que programas que não nos fazem pensar, são aqueles que querem nos fazer pensar pequeno. Por exemplo, aqueles quadros em que escolhem uma família em meio a milhões de brasileiros necessitados e exploram até a última gota de seu drama e miséria, o fracasso na cidade grande,a vontade de retornar ao lar. A Câmera faz questão de dar close nas lágrimas da jovem mãe; mostram a geladeira vazia; o muitos filhos tão pequenos, já com o sofrimento estampado no rosto. E nesta hora o iludido telespectador já se incontra imóvel,atônito, com os olhos marejados em frente ao aparelho de Tv.


E a audiência aumenta. Pronto! agora vem a parte em que num passe de mágica tudo se resolve, e graças a benevolência dos patrocinadores e do bom samaritano apresentador ,a família retorna a sua terra com uma casinha para morar, seus móveis, um cheque gigante( para aparecer bem o valor no vídeo) e algumas tantas cestas básicas. E assim, encerram com a satisfação do dever cumprido, dever social cumprido. Tudo uma grande farsa, pura demagogia, drama popularesco, para tentar enganar nossos olhos as vezes desatentos.


Me coloco a pensar, quanto se gasta para produzir um quadro destes? Cem, duzentos, trezentos mil reais? Vamos colocar ums quinhentos mil. E Quanto os programas não lucram com a publicidade? o triplo, o quádruplo? Minha inocente máquina de contar nem pode imaginar esses valores! O certo é que nos vendem gato por lebre.


Assistimos satisfeitos, pessoas lucrando com a desgraça alheia. Lucrando sim! Nada, absolutamente nada contra aquela família que pode ter uma vida melhor graças a um programa de Tv. Mas isso é muito pouco em um país tão imenso, com tantos problemas, com tanta gente necessitando do básico pra viver. Já estamos cansados de saber. Então porque continuar alimentando uma ilusão gerada por imagens.


Alimentamos nossa piedade sentindo pena de um ou outro necessitado que é ajudado por alguém que não faz nenhum sacrifício, não faz mais do que obrigação de brasileiro, mas exibe um troféu, exibe um prêmio nobel por ter erradicado a fome no mundo!Ora! Menos, demagogia, mais ação, mais realidade. É o que precisamos!
Hãhã... bem começemos... Faz um tempinho que eu venho flertando com os blogs. Mas sem nenhum ânimo de escrever..inclusive este aqui eu criei a quase um ano e só agora me deu vontade de "mexer" nele. Bem tudo ao seu tempo né, antes tarde... Aliás eu ainda estou aprendendo como adimninstrá-lo...já mudei a cor, o nome, o formato algumas dezenas de vezes e ainda não sei se é isso que quero... alías ainda não sei muito bem o que eu vou escrever aqui, já disse, não tem um tema, um formato definido. Alías blogs como o meu devem haver de montão por aí... Nem sei se alguém vai ler,não conheço bem a dinâmica dos blogs, é um mundo que estou descobrindo aos poucos. O mais importante é que tenho prazer em escrever, não importa o que , nem onde. Rsrrsrs , lembrei agora daqueles cantores que, ao questionados sobre o estilo musical, soltam a frase " meu estilo é muito eclético, canto de tudo um pouco"; traduzindo: não tenho rumo. Confesso, não tenho rumo. Uma frase da música do Raul Seixas "Não sei onde eu to indo mas sei que to no meu caminho"! Inté!
Oi Blog! Prazer, meu nome é Leidiene!